GANANCIA


Quem já não leu, sem se comover, o episódio evangélico em que Judas, levado pela ganância do dinheiro, vendeu o seu Mestre por trinta moedas? A avidez pelo dinheiro o levou a se esquecer que fora escolhido para ser um dos colaboradores na propagação do reino de Deus e mais tarde ser uma das colunas da Igreja. Diz o Livro Santo que o ganancioso é como a sanguessuga cujo linguajar é MAIS! MAIS!

Ele perde toda a tranqüilidade com o medo de perder os seus bens. Muitas vezes ele e sua família passam necessidade porque o ganancioso não quer diminuir nada do que possui. E então quanto ao próximo necessitado, esse é como se não existisse. E que lhe resta no fim da vida? Um caixão e quatro velas. Nada do que possuía ele leva consigo, antes leva sim todas as mazelas que cometeu por causa da sua ganância. Em geral o ganancioso pensa que é eterno; que ele sempre durará com seus bens e se esforçará por aumentá-los cada vez mais.

O ganancioso para adquirir esses bens e mais ainda não olha os meios. Para ele o princípio que norteia é o de Macchiavel: “o fim justifica os meios”. Muitos ficarão na desgraça, muitos ficarão na miséria, muitos ficarão desesperados. Ao ganancioso nada disso interessa. Ele ganhou e por isso tudo vai bem.

Cometerá injustiças, roubos, dolo, fraude e até, se for preciso, assassinatos, basta que os seus bens aumentem. Como é comovente a parábola do Senhor: O ganancioso manda aumentar seus celeiros para colocar a abundante colheita. Diz à sua alma: “Goza, come, diverte-te, pois estás com muitos bens”. Mas diz o Senhor: “Estulto, nesta noite virão buscar tua alma e para que serviram tantas preocupações acerca desses bens terrenos?” É uma triste realidade.

Sim, devemos trabalhar para nos sustentar e nossa família, mas trabalhar somente para ajuntar mais e mais bens, isto é uma aberração humana. O tempo passa, a morte vem, os bens o ganancioso não vai levar consigo. Só leva as boas obras. Diz uma história russa que quando morre alguém a mulher o acompanha até a porta da casa; os amigos até a sepultura e além da tumba somente as boas obras.


E o ganancioso terá essas boas obras
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RETRATO DE CANDIDATO

Candidatos a vereador já estão nas ruas à procura de assegurar, por antecipação, a preferência do eleitor. São dezenas a percorrer a cidade e a zona rural de Camamu. Nunca antes na história se viu tanto 'cacique' para tão poucos 'índios' tupiniquins. É o começo da luta para ganhar um lugar ao sol na restritiva roda do poder local.
Principalmente agora que todos têm consciência de que este poderá ser o pleito mais fácil da historiografia política camamuense, já que foi confirmado pelos  vereadores a ampliação para 13 o número de vagas na casa do povo para 2012. De qualquer forma, independentemente de 9 ou 13 lugares, a sanha para chegar à Câmara se tornou uma febre. A condição de vida material e a respectiva influência política ostentada pela vereança nas ultimas décadas instiga a imaginação dos candidatos. Uns mais pelo primeiro status e outros pelo segundo. E parte significativa por ambos... No entanto, no discurso todos se parecem, apesar de uns mais elaborados que outros. Por isso ao povo é complicado separar o joio do trigo, saber quem fala do fundo da alma ou da boca pra fora... Há bons nomes à vista, jovens, profissionais liberais e/ou empresários, lideranças sociais que atuam organicamente, gente que pega na massa. Mas de boas intenções o inferno está cheio. A única maneira de tirar os nove fora é elegendo para ver como o sujeito procede na prática. Para os eleitores a escolha é uma roleta russa, que tanto pode 'salvar' os cidadãos como 'matá-los' de asfixia do engodo.
Porém, há meios de errar menos... Analise a vida pregressa dos candidatos, estude o comportamento deles na comunidade, suas interrelações político-partidárias anteriores ou atuais, como fazem negócios, como agem em família... Observe, enfim, o elemento em seu meio e terá o retrato correto dele.
Ficha Limpa
A propósito, nesta quarta-feira 9, o STF começou julgar a validade da Lei da Ficha Limpa, em definitivo, para que não ocorra o quadro de incerteza da eleição de 2010... mas foi adiada devido ao pedido de vista pelo ministro Joaquim Barbosa.
O que pode
...O ministro-relator Luiz Fux diz que o objetivo seria o de esclarecer a opinião pública com antecedência sobre o pleito de 2012: "A população saberá o que pode e o que não pode fazer, quem poderá se candidatar e quem não poderá se candidatar"...
Inelegibilidade
...Diferentemente de quando, em março passado, o tribunal analisou apenas o aspecto temporal da norma, agora o STF pretende examinar pontos específicos da lei, tal como a possibilidade ou não de um político ser punido com a inelegibilidade antes de uma condenação definitiva na Justiça.
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O PRECO DA AUSENCIA

Outro dia, aproveitando uma oportunidade daquelas que só a internet pode oferecer, consegui encontrar um velho amigo dos tempos de adolescência na rede. Passamos a nos corresponder, trocar fotografias dos tempos idos, ótimos tempos, diga-se de passagem, pois se podia caminhar pelas ruas de salvador sem grandes sobressaltos.

Conversamos sobre assuntos vários futebol e etc. A esperança do meu time de participar da “Libertadores da América”, a fé que ele possuía no seu time de não cair para a segundona, e tantos desdobramentos outros que poderiam estar contidos neste grande intervalo de tempo entre nossos caminhos, que rolou ante a inclemência do calendário.

Até que na troca de correspondência, enviei um de cunho político. Nada demais, apenas uma piadinha que circulou na NET sobre à premiação de Obama pelo decantado Nobel. Para minha surpresa veio à resposta: “é a vida, você se importa com isso?”. A princípio isso apenas me atordoou, mas lentamente serviu para interpretar as diversas facetas da nossa época.

O que realmente faz um povo poderoso é o seu nível de compreensão daquilo que o cerca. A busca incessante pela informação, o vasculhar persistente pela confirmação da informação, a comparação dia a dia, de tudo que chega aos nossos olhos e ouvidos. Só assim teremos um parâmetro adequado para decidir em quem depositaremos a confiança para gerir os nossos dias.

Então, é pertinente lembrar que; o raciocínio “é a vida, você se importa com isso?” contribui sobejamente para: o imposto extorsivo que se paga, a fila interminável nos hospitais, a criminalidade que cresce dia a dia, a falta de opção profissional para a nossa juventude, e finalmente para o maior de todos os riscos; a perda da liberdade.

Viver somente por viver, sem a preocupação com o cenário que se desenha ao nosso redor pode parecer de grande comodidade. Mas terá um preço. E neste nível é que realmente vive boa parte da população do nosso país. Preocupamo-nos com os obstáculos do momento, com as pequenas grandes coisas do cotidiano, mas no palco da vida não há espaço para descanso, quem ousar o cochilo pode acordar sem possuir mais o direito de dormir.

Alguém terá pensado por você, alguém terá decidido por você que forma de governo nós teremos. Onde somente alguns decidirão, e somente alguns irão usufruir das benesses do estado, e certamente, a grande maioria estará alijada de qualquer processo decisório. O futuro com liberdade deve ser construído no dia a dia. O maior tesouro da humanidade, a democracia, deve ter guardiões zelosos, e o bom guardião é o guardião bem informado. Nos nossos dias a imprensa de modo geral, televisão, jornais e revistas, estão de alguma forma com algum nível de comprometimento com o poder vigente, então, pesquise, procure se informe. A internet atualmente é a ferramenta ideal.

E enquanto tivermos um processo eleitoral entre candidatos de diversas tendências, procure aquele que realmente estiver comprometido com os instrumentos democráticos. Lembre-se, alternância de poder, o verdadeiro tônico da liberdade. A pitoresca premiação de um homem que ainda não cumpriu efetivamente o que prometeu mostra em que tipo de tempos nós vivemos. Que ele cumpra, são meus votos, e que lhe seja dado o devido retorno.
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O CRENTE E A POLITICA

1 - "Política não é coisa para crente".

Se os crentes não participarem da política nacional, tudo o que for feito de ruim , indiretamente serão responsáveis por omissão. A Bíblia fala no Livro de Romanos sobre a existência de dois tipos de autoridades: Autoridades políticas e Autoridades religiosas; também diz que não há autoridade que não provenha de ação ou permissão de Deus. Por isso creio que se o princípio da autoridade brota de Deus, quem considerar a política como algo maligna, erra por não conhecer as escrituras. E comete um erro maior, pois ao recusar o direito de agir politicamente, deixa sua oportunidade para que o maligno faça o que bem entender. A Igreja é composta de salvos e sua função é ser o sal e a luz do mundo - em todas as organizações sociais lícitas. Talvez pela omissão de muitos crentes que enxergam o diabo em tudo o mal esteja alastrando-se tanto ao não encontrar resistência.

2 - "Pastores não devem participar de política".

Atualmente existem dois tipos de ministros: os que têm o cargo e exercem o ministério pastoral e aqueles que possuem apenas o cargo sem o ministério. Para os que exercem o ministério e pretendem concorrer a cargos públicos minha opinião é que Não devem fazer isto, pois estariam abandonando o "arado". Entretanto, para os ministros que possuem apenas o cargo, sem chamada pastoral, não vejo incoerência nisso. Todavia, qualquer crente, membro de Igreja ou ministro que aspire seguir a carreira política, deve ter uma orientação muito segura de Deus.Explico: se Moisés não tivesse uma chamada real, CONFIRMADA por DEUS, em lugar de tirar o povo de Israel do Egito, teria contribuído, isto sim, para a destruição desse povo. Sem direção de Deus, em lugar de conquistar um cargo político, o membro ou ministro da Igreja com certeza vai entrar por sua própria conta e risco, não em "Canaã", mas no "Egito" para ser escravizado pelo "faraó" deste mundo. O preço desta aventura ainda não está totalmente informado: faltou dizer que neste caminho infeliz as outras vítimas são a família além e o nome da Igreja.Brevemente veremos uma enxurrada de artigos na WEB do tipo: "Não voto em Pastor" Quando eu era "menino" achava esta frase corretíssima. Depois de uma melhor análise, cheguei à conclusão de que esta afirmação é uma campanha preconceituosa e difamatória, com impacto negativo entre os crentes e principalmente entre os eleitores não crentes. Se Deus chamar um ministro para a política, com ou sem o voto dos crentes, ele vai se eleger de qualquer jeito.Enquanto isto, na Espanha o Papa Bento XVI deu aval para que sacerdotes católicos concorram a cargos políticos, para impedir o avanço do secularismo.
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PARA MAIORIA DOS ELEITORES O PARTIDO E O QUE MENOS IMPORTA

Na vida pública, observamos políticos serem alvos de fortes suspeitas de improbidade administrativa, apropriação indébita e desvio do erário público diariamente, mas apesar de todas as provas eles estão sempre sendo acobertados pelos seus partidos. Na verdade, este é um erro do sistema que só os mais atentos percebem, pois o próprio eleitor não liga a mínima para o partido em que seu candidato está filiado. O eleitor esquece que antes de serem eleitos os personagens políticos foram aceitos por partidos sendo condição (sem o qual não pode ser) para se tornarem candidatos, conforme prevê o código eleitoral.
Hoje se discute no Congresso o amplo debate nas questões que relacionadas à Reforma Política, mas estar sendo esquecido o principal: a questão partidária. Neste período do ano que antecede as eleições, observamos as movimentações e as acomodações partidárias onde os candidatos são escolhidos apenas pelo critério financeiro, utilizando assim, uma forma antidemocrática. Os partidos menores ou nanicos, como são conhecidos, são alvo de negociatas, tudo isto à vista grossa da justiça Eleitoral, que se ampara em leis frágeis que não prevê uma punição dura a este tipo de conduta.
A grande maioria da população, o povão, fica sem entender o porquê das poucas opções de candidatos disponíveis para a escolha no período eleitoral, não desconfiam que tudo isso foi negociado lá atrás pelos próprios caciques políticos, impossibilitando a democracia em sua plenitude. Os partidos, não estão preocupados na vida pregressa de quem está entrando ($) ou se este individuo possui ideal partidário em comum.
Por enquanto, cabe apenas a população saber quem verdadeiramente são seus candidatos, quem são os lobos que porventura tão transvertidos em pele de ovelha, desconfiando de mudanças repentinas de partido, qual o interesse tem por trás disto, e principalmente qual a história e ideal do partido que seu candidato compõe ou quer compor.
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CIUMEIRA NA POLITICA

Todo político tem medo de perder. Seja o poder ou mesmo um debate, uma oportunidade, uma eleição, seus aliados e assessores. Não ultrapasse os limites da sua confiança, ou os problemas serão muitos – e quase sempre se irreversíveis.

Os mundos da política e da vida privada são muito diferentes entre si, mas mantêm indiscutível relação. Que não se resume a transferir automaticamente um padrão de comportamento, sua integralidade e pureza., de uma esfera para outra: alguma modificação sempre ocorre, seja alterar os significados, inverter efeitos ou até preservar características.

Na política, um dos sentimentos mais fortes com o qual tem que se lidar é o ciúme. O político é um ser competitivo, ambicioso, aquisitivo e treinado para a luta. Inevitavelmente insatisfeito e inseguro, ama, odeia, esquece e despreza, bajula, briga e reconcilia-se com enorme facilidade e freqüência. Acima de tudo, é territorial e possessivo: defende seu espaço (num amplo sentido, como tudo que considera seu) aguerridamente e desenvolve extremo apego às pessoas que trabalham junto dele e também a seus apoiadores. Seu ambiente de trabalho é naturalmente disputado. Assim como quer ampliar seu patrimônio político, os concorrentes também o querem. E só há uma maneira de multiplicar esses bens: atraindo eleitores dos adversários. Nesse meio carregado de incertezas e inseguranças, no qual os apoios e alinhamento são acertados pela palavra – uma frágil garantia – a competição é permanente e incessante.

Como não pode saber, como segurança, a extensão das perdas e traições que acontecem na sua base de apoio, o político torna-se uma pessoa de exacerbada sensibilidade com sua imagem e sinais de perigo. Dentre estes, talvez o mais assustador seja o que diz respeito à lealdade de auxiliares e apoiadores. Nenhum principio é mais valioso para o político do que esse.Havendo lealdade, tudo é perdoado, inexistindo, nada é tolerado. O sentimento que vigia a lealdade é ciúme, um sentinela ativo e sofisticado do comportamento do colaborador ou da pessoa amada. Ele desenvolve técnica de observação sutis, capazes de identificar qualquer afastamento, por mínimo que seja, do padrão esperado e previsto. Emprega testes dissimulados para avaliar a consistência da lealdade. Exige explicações detalhadas para fatos e atitudes que deixaram duvida. Possui alvos classificados como perigosos ( pessoas com as quais o auxiliar pode tramar e trair sua confiança) e a qualquer momento pode incluir outros tipos potencialmente perigosos.

Nenhum principio é mais valioso para um político do que a lealdade, sempre vigiada de perto pelo ciúme. Quem trabalha com um político sabe o quanto o ciúme ocupa sua mente e oriente a sua observação. Períodos eleitorais, então, são momentos críticos, nos quais esta preocupação acentua-se. O ciúme depende sempre da existência de um triangulo cujos elementos são sempre os mesmos: uma relação de lealdade que une duas pessoas e um competidor que pretende atrair para si o colaborador que não participa da disputa direta. Quem trabalha com político jamais deve subestimar a força e o poder do ciúme nas relações com seu chefe. Acostumado a presenciar traições, o político dificilmente desenvolve uma confiança absoluta e irrestrita nos outros. O tempo passa as pessoas mudam e o risco está sempre presente. Por outro lado, fazer política é envolver-se numa ação coletiva e competitiva. Portanto, não é possível ter sucesso sem confiar nos aliados, amigos, auxiliares e apoiadores. É em meio a esses dois pólos que navega a psicologia do político. E entre a necessidade de confiar e o risco de confiar, vence a primeira. Em conseqüência, aquela sensibilidade intensifica sob a forma de cume para vigiar a lealdade.
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O ERRO DE DEUS

A alegoria do Paraíso foi criada pela igreja para explicar que Deus, Todo Poderoso, pode dá o céu ao homem, ou mandá-lo ao inferno. A igreja foi muito competente em mais essa missão e hoje respeitamos Deus e tememos ser expulsos do jardim do Éden.

O eleitor elege alguém para orientar e colocar ordem em sua vida. Inventamos a política para ligarmos os humildes aos poderosos. Votamos nos políticos para nos proteger e até nos punir.Deus fez o melhor dos mundos para Adão e Eva. Colocou-os sozinhos no Paraíso, sem sogra, ex-mulher ou vizinhos.

Ainda assim não descuidou deles. Ficou de olhos abertos e seguia todos os seus passos. Vez por outra Deus descia do céu e vinha conversar com suas criaturas. Depois de longas conversas e trocas de idéias Deus voltava para cuidar dos oceanos, plantas, aves, peixes e outros animais. Nós eleitores, criamos o melhor dos mundos para os políticos.

Demos a eles poderes, prestígio, um bom salário, aparição na televisão e reconhecimento por onde quer que andem. Ainda assim não descuidamos deles. Ficamos de olho em seus passos. Vigiamos suas atitudes no poder, com a família e com a sociedade. Até permitimos alguns excessos, mas não perdoamos grandes desvios de conduta. Vez por outra saímos de nossa casa e vamos conversar com eles. Às vezes nem saímos, o fazemos pela internet, telefone ou carta. Depois da conversa voltamos para cuidar da família, do trabalho, sair para pescar e até escrever um texto para as nossas caríssimas leitoras e leitores. Até que um dia apareceu uma serpente esbanjando simpatia. Trazendo uma linda maçã, convenceu Eva quebrar as regras ditadas por Deus. Nós já sabemos o final. Adão e Eva foram expulsos do Paraíso. Saíram chorando e foram ter vizinhos, tiveram que trabalhar, pagar Imposto de Renda e consultar os filhos nos hospitais do SUS – Serviço Único de Saúde.

Certo dia apareceu um sujeito muito sabido e simpático lá no Congresso Nacional. Ofereceu um mundo melhor ao nosso político. Prometeu-lhe muito dinheiro, mais prestígio e mais poder. Prometeu ainda que se o nosso político colocasse o dinheiro na cueca, ou nas meias, ficaria mais sabido e mais poderoso de todos. O nosso político caiu em tentação e cuecou o dinheiro. Como Deus, não gostamos do político esperto demais e o expulsamos de Brasília. Ele e o sujeito simpático foram parar na cadeia. Teve que ganhar seu sustento com o suor do próprio rosto. O castigamos por corrupção ativa. Colocamos o simpático na cadeia por corrupção passiva, isto é, enganou o nosso político que era honesto e inocente.O pecado de Eva não foi conversar com a serpente nem pegar a maçã. Foi morder a maçã, saboreá-la. Eva poderia ter continuado amiga da serpente, poderiam ficar conversando por horas a fio. O que irritou Deus foi Eva aceitar conhecer outro mundo. Afinal, Ele havia construído um mundo perfeito para ela... Um paraíso! Sabemos que existem corruptores em cada esquina deste mundo. Toleramos que eles se aliem aos nossos políticos, financiem suas campanhas eleitorais e até sejam suplentes. Mas não permitimos que nosso político saia do mundo que construímos para ele e vá viver no mundo oferecido pelo corruptor sabido e simpático. Os corruptores estão soltos por aí, mas somos tão rígidos com eles que fizemos leis para levá-los à cadeia. O erro de Deus foi não punir a serpente. Deixou-a impune no Paraíso. Ela continua solta por aí e a qualquer momento pode levar outra maçã... Só que desta vez ao Congresso Nacional.
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